TITO PARIS (ARISTIDES JOSÉ PARIS): Mindelo, São Vicente, 1963, cantor, compositor e multi-instrumentista, nasce numa família em que quase todos os irmãos, o pai e os avós tocam instrumentos musicais. É com uma irmã mais velha que tem as primeiras noções do violão. Aos 10 anos já tocava baixo, e por essa época integra com outros rapazes o grupo «Seis Jovens Unidos». Por volta dos 17, participa no grupo «Gaiatos». Aos 19 anos, desembarca em Lisboa, a convite de Bana, para integrar o «Voz de Cabo Verde (II)», e acompanhou o grupo por um ano como baterista. Numa tournée para a Holanda, acabou por ocupar o lugar de baixista, no grupo «Voa de Cabo Verde». Em 1986 criou uma banda com outros músicos cabo-verdianos e africanos, atuando em casas noturnas como o Ritz Club e o Pilon, incontornáveis pontos de encontros dos amantes da música africana em Lisboa, mais tarde O Baile e, ocupando o mesmo espaço deste último, a partir de meados dos anos 1990, o lendário B.Léza. O seu primeiro álbum a solo foi gravado em 1985, um disco instrumental que gravou a tocar todos os instrumentos (Guitarra solo e acompanhamento, cavaquinho, piano, percussão e sintetizador). Depois desse primeiro disco, a discografia- e a carreira como compositor e intérprete começa verdadeiramente com Dança ma mi criola, de 1994, um álbum com composições próprias, dois temas de Toy Vieira e um de Ramiro Mendes. De seguida, Graça di tchega (1997) e Ao vivo no B.Léza (1998), e dentre outras composições. Em 2012 quando comemora com um grande concerto em Lisboa os seus 30 anos de carreira, é editada a sua fotobiografia, intitulada Tito Paris ? Alma de artista. Na mesma altura, recebe da Câmara Municipal de Lisboa a medalha municipal de mérito de grau prata. Em 2017 foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem de Mérito, enquanto o governo cabo-verdiano condecora-o com o primeiro grau da medalha de mérito cultural.